terça-feira, 31 de março de 2015

Publicidade perigosa...

Vou-vos falar de outro projeto, ou melhor, contar outra história. Há uns meses, vinha eu de um passeio pelos Caminhos do Romântico, quando no 49 da rua da Restauração deparo com carrinha da polícia parada no meio da rua, com um agente apeado a interrogar um jovem imberbe mascarado de pistoleiro, com chapéu, lenço negro a tapar o rosto e coldre com duas pistolas. Ao aproximar-me, percebi que o agente perguntava pela licença de uso e porte de arma e o rapaz, todo atrapalhado, foi chamar o patrão dentro estabelecimento, a Taberna Zé do Telhado...
Tratava-se apenas de publicidade ao restaurante - as armas eram muito antigas, de coleção, e o rapaz estava disfarçado de Zé do Telhado para chamar freguesia... A coisa por ali ficou, penso eu...

O que é certo é a ideia durou poucos dias e passados alguns meses o restaurante fechou...dedicam-se agora a antiguidades.


segunda-feira, 30 de março de 2015

Crítica de restaurantes: Vinhas d'Alho

Não vou perder muito tempo: este é um restaurante a evitar. Se estiver pela Ribeira (no Muro dos Bacalhoeiros, para ser mais preciso) e esta for a única alternativa, aproveite para fazer dieta.
Talvez esteja a ser injusta, porque, afinal, só provei um prato. Mas eram tripas, caraï! Como é que alguém se atreve a servir aquela aguadilha, acompanhada de um arroz semi-cru, e chamar-lhe tripas? A qualidade das tripas, aqui no Livre de Reclamações, define um local de consumo. Se são más, o sítio é mau. Se são boas... nunca fiando, prove-se outra coisa até ter a certeza.
Com a localização que tem, com a vista privilegiada sobre o Douro e o Porto-Gaia Património da UNESCO, com o sol a brilhar e o vinho fresco... e alguém resolveu fazer ali um restaurante para agarrar o incauto turista gaulês, galego ou lisboeta. E nem isso consegue: ainda sou do tempo em que lá passava e aquilo estava cheio de camónes a dizer "ai que lindo está o riu!". Mas neste sábado, em que o centro histórico estava cheio de turistas, foi facílimo arranjar lugar. Eu devia ter adivinhado...

Enfim: podia ter um nível compatível com a imagem 1. Mas, infelizmente, só consegue refletir os edifícios de mau gosto no cimo da colina do lado de Gaia, como se vê na imagem 2.

Imagem 1

Imagem 2

domingo, 29 de março de 2015

Uma salada, como convém num domingo à noite

Esta saladinha com tomate e pimento, que a minha amiga L. está ali a preparar para nós, dá-me cá uns calores...



Mel e pele...

Ontem fui ver um filme de uma família de apicultores (Le meraviglie de Alice Rohrwacher) e saí de lá com vontade de comer mel e mato (requeijão)... Não encontrei e fiquei-me por mero bife de picanha.

Os sonhos foram de mel e pele...


criação de Mike Dargas

sábado, 28 de março de 2015

Fast food...

Não sou fanática por hamburguers, mas no verão e em férias são opções atraentes... já as versões “gourmet” têm muito que se lhe diga (lá voltaremos...)
Deixo-vos apenas, como curiosidade, os anúncios da Burger King, de lançamento de um perfume com odor ao mítico Whopper (1 de abril, no Japão) e da McDonald’s (sueca), de lançamento de uma linha de vestuário (via Le Blog de Critizr e fubiz).





Hoje é dia de dieta e de cultura

Para compensar o abuso de sexta-feira ao jantar, queridas amigas, nada como dedicar o sábado a uma desintoxicação pela Arte e pela Cultura.

Vistam-se bem, ponham cara alegre, comam saladas e visitem museus, vão ao teatro ou ao cinema. Ou, simplesmente, andem a pé pelas ruas da vossa terra, que hoje é o Dia Nacional dos Centros Históricos. Olhem, admirem-se, tirem fotografias, façam de conta que não veem os turistas que vos incomodam.

Pela minha parte, vou já tomar um guronsan e um duche, e deixo-vos esta imagem de um pintor flamengo do séculos dezasseis, que nos retrata de forma muito catita um casamento camponês daquela época.

De: Astérix entre os Belgas, 1979. Desenho de Albert Uderzo, com argumento de René Goscinny.



sexta-feira, 27 de março de 2015

Pão de ló

Hoje, a Isabel trouxe um pão de ló para o escritório.
Não é tipo-Margaride, nem tipo-Arouca, nem tipo-Ovar nem tipo-nada.
É Paupério e está divinal.
Até parece que tem a mão da Excelentíssima Irmã do Senhor Espírito Santo. Ou então, da própria Santa Isabel, famosa pelas suas filhós.
Obrigada.


quinta-feira, 26 de março de 2015

Eu é mais é soquetes...

Confesso que fui eu que insisti com umas amigas para irmos a um restaurante de sushi. Chegadas lá, conversa puxa conversa, acabámos numa acalorada discussão sobre o salmão (umas defendiam que o salmão carrega uma grande quantidade de ómega 3, vitaminas A, D, E e do complexo B, magnésio e ferro... outras que a maioria do salmão é criado em cativeiro, tem uma cor que vai do cinza ao bege-claro, passando no máximo por um rosa-pálido e que só tem a cor salmão porque é alimentado uma ração com aditivos sintéticos, derivados de petróleo...).

Conclusão, saí do restaurante um pouco enjoada, não sei se do salmão, se do chá de jasmim...
Cheguei a casa, enfiei-me na cama e fiquei a pensar "eu é mais é soquetes".

quarta-feira, 25 de março de 2015

Parafusos... e coisas

Procurava eu parafusos na rua da Fábrica... para a minha vespa, quando no n.º 73 deparo com um novo estabelecimento... Ostras & Coisas - Mediterranean Restaurant | Seafood Restaurant. Marquei na minha agenda... em breve irei satisfazer a minha curiosidade e avaliar a frescura das mesmas...


Os poetas também se comem, mesmo os indigestos

li algures que os gregos antigos não escreviam necrológios,
quando alguém morria perguntavam apenas:
tinha paixão?
Os jornais estão cheios de notícias sobre a morte do Poeta Herberto. Eu até nem costumo ler poesias (sou mais de ler ementas e as críticas no Trip Advisor), mas deste até tinha comprado, no ano passado, dez exemplares de um livro muito jeitoso, que o senhor Adérito, daquela Livraria na Baixa, me reservou. E, lembrei-me agora, também houve um namorado que me ofereceu, num Natal qualquer, outro livro, chamado A faca não corta o fogo, porque pensava que era sobre culinária.
Pois é desse livro que retirei os versinhos que acompanham esta minha homenagem. São palavras sobre os gregos, a morte e a paixão - e sobre comidinha, claro.
¿ e o que há assim no mundo que responda à pergunta grega,
pode manter-se a paixão com fruta comida ainda viva,
e fazer depois com sal grosso uma canção curtida pelas cicatrizes,
palavra soprada a que forno com que fôlego,
que alguém perguntasse: tinha paixão?
afastem de mim a pimenta-do-reino, o gengibre, o cravo-da-índia,
ponham muito alto a música e que eu dance,
fluido, infindável,
apanhado por toda a luz antiga e moderna,
os cegos, os temperados, ah não, que ao menos me encontrasse a paixão e eu me perdesse nela,
a paixão grega

segunda-feira, 23 de março de 2015

Não vos vou fazer olhinhos de polvo...

Na sexta-feira, se deus nosso senhor me der apetite, vou jantar ao Olhinhos de Polvo, em Matosinhos (Portugal). Os que conhecem, sabem como é difícl marcar lugar neste templo da relação qualidade-preço.

Da última vez, foi assim: lambuzei-me toda.



domingo, 22 de março de 2015

Cuidado com a saúde!

Siga a recomendação da Sábado, mas não se esqueça de consultar um nutricionista para saber o que realmente lhe convém. Lembre-se de que ambos, cão e gato, têm gorduras "boas", mas que deve evitar os chiuahuas e os dálmatas, especialmente no verão, quando o seu teor em sal é elevadíssimo.


Um conselho da vossa Natacha: um grelhado misto de costelas de doberman e lombo de siamês, um vinho branco gelado, uma salada de tomate e cebola... Hmmm...

sábado, 21 de março de 2015

O primeiro post é sempre o mais difícil

Um bom princípio é começar pela sopa. Mas pedirem quase vinte euros por esta olla aranesa e, ainda por cima, serem forretas no toucinho... não lembra a ninguém! Valeu-lhes estarmos a pé, rodeados de neve, a dez quilómetros da civilização e sem alternativa!


Mas, vá lá, a sala austera é muito agradável, principalmente com seis graus negativos no exterior.


Março de 2015.
Local: Refugi Amics de Montgarri, perto de Beret, Val D'Aran, Catalunha (que ainda é Espanha).

A carta, na escala da Natálya, que vai de (-5: blhêec!) a (+5: I'm in Heaven):
  Variedade: -3 (tenho que ser justa; praticamente havia a sopa e dois ou três tipos de carne para grelhar, mais um queijo).
  Qualidade: + 1 (porque é adequada ao local).
  Vinhos e bebidas: -1 (muito básica, mas quem quer requintes no meio da serra?)
A sala:  não podia ser mais rústica. Atenção que a capacidade é pequena, não dá para mais de 12 pessoas. Mas se estiver tempo aceitável pode sempre trazer-se a comida cá para fora.
Acessos e estacionamento: chega-se lá a pé (duas horas de caminhada desde o parque de estacionamento de Beret!). No inverno, outras alternativas são a moto de neve ou o trenó puxado por cães. No verão, a bicicleta parece o mais adequado.
Enquadramento: juntinho ao Mosteiro de Montgarri, não podia ser mais estimulante (+5).
Preço: caro, para uma quase-barraca de pastores montanheses.
Apreciação global: o local compensa tudo. Vão lá. E reclamem do preço.